Verso 1
Aqui é o centro do caos, egoísmo é o pão,
Doze colunas rachadas seguram a ilusão.
A educação? Vendida, virou produto barato,
Aluno é número, professor calado, contrato ingrato.
A saúde tropeça, fila que nunca anda,
Enquanto a política assiste de varanda.
Religião? Mercadoria no altar,
Doze Judas modernos só querem faturar.
Refrão
Doze pilares, uma missão distorcida,
Quem sustenta a base quando a fé tá perdida?
Colunas da verdade, quebradas na fundação,
Mas ainda há quem lute pela renovação.
Verso 2
Segurança é discurso, bairro é zona de guerra,
Justiça com vendas, inocente atrás da serra.
A mídia engole mente, manipula visão,
Transforma vítima em réu pra manter a tensão.
O comércio escraviza, lucro sem compaixão,
Enquanto o trabalhador sangra na produção.
Tecnologia avança, mas quem tem acesso?
Na favela, conexão ainda é um regresso.
Refrão
Doze pilares, uma missão distorcida,
Quem sustenta a base quando a fé tá perdida?
Colunas da verdade, quebradas na fundação,
Mas ainda há quem lute pela renovação.
Verso 3
Entretenimento vazio, um teatro de elite,
A cultura marginal vive do que permite.
Família se desfaz, valores se corrompem,
O pilar do amor? Já não se recompõe.
O governo promete, mas sempre dá calote,
Enquanto o povo morre, eles brindam no camarote.
O meio ambiente grita, mas quem ouve o som?
A colheita da ganância vai ser fome no tom.
Refrão
Doze pilares, uma missão distorcida,
Quem sustenta a base quando a fé tá perdida?
Colunas da verdade, quebradas na fundação,
Mas ainda há quem lute pela renovação.
Ponte
E se os doze voltassem pra pregar a palavra?
Será que ouviriam ou seriam punidos com farpas?
São doze apóstolos do sistema corrompido,
Cada um com seu peso, deixando o povo perdido.
Final
As colunas ruem, mas a luta não cessa,
Doze passos à frente, a vitória não regressa.
Entre os escombros, a esperança é semente,
Quem sabe um dia, o povo acorda consciente.