Ah, meu sertão, meu refúgio, minha saudade...
[Verso 1
Na gaveta da memória, guardei
Os retalhos de um tempo que vivi,
As manhãs com cheiro de café,
E o sorriso de quem me fez feliz.
A varanda era o palco do luar,
O chapéu pendurado a descansar,
E o silêncio quebrado pelo vento,
Soprando histórias pra eu lembrar.
[Refrão
Retalho do meu passado,
Costurado com amor e chão batido.
Cada riso, cada pranto,
Faz de mim quem sou, não está perdido.
Minha alma ainda volta ao meu lugar,
Nas lembranças que a saudade vem bordar.
[Verso 2
Os pés descalços na terra vermelha,
Correndo livre ao som do galope,
E o velho pai me ensinando a vida,
Com sua voz firme e um olhar de aço e forte.
As estrelas eram o meu cobertor,
Enquanto os grilos cantavam ao redor,
Na simplicidade encontrava riqueza,
Um pedaço do céu com tanta pureza.
[Refrão
Retalho do meu passado,
Costurado com amor e chão batido.
Cada riso, cada pranto,
Faz de mim quem sou, não está perdido.
Minha alma ainda volta ao meu lugar,
Nas lembranças que a saudade vem bordar.
[Ponte
Hoje, na cidade, eu sigo a labuta,
Mas o campo vive em minha na luta.
Cada esquina traz um cheiro de lar,
Que me faz, de novo, a sonhar.
[Refrão Final
Retalho do meu passado,
Costurado com amor e chão batido.
Cada riso, cada pranto,
Faz de mim quem sou, não está perdido.
Minha alma ainda volta ao meu lugar,
Nas lembranças que a saudade vem bordar.
[Final
Ah, meu sertão, meu refúgio, minha saudade...
Vou voltar, um dia, pra nunca mais partir , essa é a minha verdade.